Por Redação em 06 de Setembro de 2013
Quando uma parte de nós não está bem, nos sentimos completamente doentes. Qualquer mal estar que se aloje em um pequeno membro, deixa todo o corpo se sentindo mal e em alerta. É assim com as pessoas; também é assim com a cidade.
Alvorada está doente. Parte da cidade está machucada, foi atingida pelas águas do Arroio Feijó e Rio Gravataí fazendo sofrer milhares de famílias. A maioria delas deixou suas casas e foi se alojar junto a amigos e parentes, o que alastrou, ainda mais, a dor e o sentimento de perda.
Essa é uma situação extrema, mas que se repete ao longo das décadas de nossa história e, apesar de depender exclusivamente da natureza, pode ser prevista, mas não evitada.
Contudo, é necessária a busca de soluções para esse problema, para essa doença que se tornou crônica em Alvorada.
E nos parece que a construção do dique surge como a grande tábua de salvação. Na verdade, como a única opção! Será?
Conter as águas que invadem a várzea dos arroios da cidade não é tarefa fácil, assim como também não é solução isolar toda aquela área, para que a água não “venha, nem vá”.
A sabedoria oriental nos ensina que devemos aprender com a água, que ao encontrar um obstáculo o contorna, sem jamais abandonar seu curso natural. Portanto, estamos há um passo da solução ou da criação de um novo problema?
Assim, é importante para esse momento que grandes investimentos sejam realizados na cidade com o objetivo de evitar novas tragédias como a que agora vivemos. A união de esforços é a única arma, e o tão propagado alinhamento das estrelas, que o partido que hoje nos governa garante que existe, é essencial para resolver essa questão que nos aflige há décadas e que até hoje não foi possível realizar.
Somos testemunhas dos discursos de todos, população e governos municipais, em busca da solução definitiva do problema. E também podemos conferir o resultado. Ou seja, nenhum!
A nossa sugestão, neste momento, é que não somente as autoridades, mas também a população em geral tome essa bandeira e busque, de uma vez por todas, a solução deste que é dos maiores problemas que a cidade possui. Vamos fazer nossa parte, conferindo e buscando acompanhar o andamento do processo.
Por fim, esperamos noticiar em breve, não das reuniões de discussão sobre o tema, mas o início das obras, sejam elas quais forem. E a cura dessa doença que tanto nos maltrata.