Por Redação em 23 de Fevereiro de 2018
O carnaval passou e o ano de 2018 começou. As aulas na rede pública e privada já estão retornando e o Brasil dá início ao ano eleitoral – talvez um dos mais importantes de sua história. Contudo, não é esse o tema deste editorial. Pelo menos ainda não. Apesar de que as eleições de 2018 serão pauta do Jornal A Semana e de todos os veículos do mundo.
Só que, desta vez, o tema é um pouco diferente e vai de frente com a cultura do povo brasileiro de gostar de uma fila e deixar tudo o que pode para a última hora. Ainda mais quando isso acontece no final do ano e as pessoas só pensam em ir para a praia e se esquecem dos compromissos firmados ou necessários que existem no início de cada ano.
Foi assim no recadastramento biométrico. Durante um ano circularam notícias e convocações para que a população comparecesse ao Cartório Eleitoral de sua cidade e fizesse a atualização. Contudo, filas enormes se formaram nos últimos dias das últimas semanas. O resultado: eram perdidas horas em uma fila e, quem ficava como vilão eram os cartórios eleitorais. Mas, o que ninguém lembra é que, antes dessa loucura, o mesmo lugar ficou aberto e poucas pessoas compareciam para realizar o procedimento.
Esse é apenas um de dezenas de casos, seja no poder público – como pagamento de impostos – como também na iniciativa privada. Fica difícil compreender o porquê de esta cultura ser tão forte no brasileiro. Na realidade é necessário analisar se isso acontece apenas no país ou no mundo inteiro, mas, pensando na realidade de Alvorada, é possível visualizar isso acontecendo.
O caso mais recente fala diretamente sobre o retorno às aulas. Isso porque, quem passar na central de matriculas da Secretaria de Educação (SMED) vai compreender. As filas estão enormes, faltando até servidores para dar conta da demanda. Porém, esse excesso de gente não existia no local há duas semanas. Isso porque “ainda faltava muito para as aulas” e as pessoas resolveram deixar para a última semana as matriculas.
Infelizmente, por mais que seja necessário e importante o carnaval, afinal o Brasil está passando por problemas sérios e esse momento acaba sendo uma válvula de escape para tudo isso, é necessário se levar mais a sério. O povo brasileiro tem de começar a compreender suas responsabilidades e deixar de passar trabalho por coisas triviais e que poderiam ser resolvidas de forma bem mais simples, caso fosse procurado com antecedência.