Por Redação em 21 de Fevereiro de 2014
É surpreendente ver que em países multirraciais como os latino americanos ocorram cenas tão públicas de intolerância racial. O que se viu nos últimos dias em um campo de futebol foi chocante para todo o mundo, mas não é uma exceção no dia a dia de cidades e na vida de muitas pessoas.
A intolerância, seja ela racial, social, religiosa ou de gênero, é o maior estopim para grandes conflitos. Assim foram nas guerras, no apartheid, no tempo da escravidão, nas atuais relações humanas.
Não perceber no outro um igual, um irmão, faz com que tenhamos um conceito pré concebido da realidade. Uma visão distorcida da vida e, consequentemente, nos leva a tomar decisões equivocadas.
O equilíbrio nos parece até fácil. Não somos obrigados a gostar de tudo e nem mesmo conviver com todos, mas temos obrigação moral de aceitar as diferenças, sem a necessidade de julgamentos públicos. Se todos agissem assim, quem sabe o mundo seria um lugar melhor de viver. Seas relações humanas seguissem essa linha, tudo poderia seguir em paz.
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Durante essa semana nos deparamos com mais um grande talento alvoradense. Uma jovem que, apesar das dificuldades e diferenças, e do preconceito que enfrentou ainda criança. Se transformou em uma bailarina feliz e segura de cada passo que dá na vida e no palco, apesar de não enxergar como a maioria.
É que ela vê com o coração e acredita no que seus instintos lhe dizem. Percebe diferenças e identifica erros nas suas colegas de dança e também nos parceiros da vida, mas sem julgamento, só com a emoção.
E quando ela nos diz “quem enxerga se distrai muito” como se fosse uma condenação aos que veem, nos deparamos com a beleza das diferenças e com o imenso amor de Deus, que faz com que nossas deficiências e desigualdades nos completem como ser humanos. Porque no momento que vemos no outro um igual, mesmo ele sendo muito diferente, nos tornamos universais, infinitos e verdadeiramente humanos.