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Editorial

A falta de (boas) opções para as férias

Por Redação em 16 de Fevereiro de 2018


Alvorada é uma cidade carente e que passa por diversas dificuldades, tanto financeiras quanto estruturais, isso nos mais variados setores. Isso é um tema recorrente nos editoriais e nas pautas que permeiam as reportagens deste veículo de comunicação. Contudo, com o fim das férias, foi possível notar alguns aspectos que não haviam sido questionados aqui antes.

É de conhecimento de todas as dificuldades que a população está passando. Isso com o desemprego, crise financeira e todos os impostos que precisam ser pagos no início de cada ano. Com isso, diversas famílias tiveram de optar em ficar em Alvorada durante os meses de férias escolares, ao invés de rumarem ao litoral gaúcho e catarinense.

Foi desta vez que, como visto na edição passada e também nessa, que faltam opções culturais e de lazer dentro da cidade. Na semana anterior, noticiamos o projeto “Brincando nas Férias”, realizado pela Secretaria de Educação (SMED) na Escola Leonel Brizola, no Sitio dos Açudes. Agora foi a vez de falarmos sobre as crianças que mergulham na Lagoa do Cocão, mesmo ela não sendo própria para banhos.

É de ciência do Jornal A Semana que essas questões não passam pelo mesmo problema, mas sim que elas geram um mesmo debate: a falta de (boas) opções para as férias das crianças que moram nos bairros mais carentes da cidade. Isso porque, dezenas de crianças participaram do projeto da SMED e centenas já mergulharam na Lagoa do Cocão.

Sobre o projeto da SMED: louvável a atitude de ocupar a instituição durante o período de férias e oferecer uma opção digna para as crianças do bairro. Contudo, essa foi uma ação pontual e inédita e o Sitio dos Açudes seguirá sem investimentos? É nítido que aquela comunidade precisa de uma praça e de outras opções para que as crianças tenham o que fazer durante o ano todo e não só durante duas semanas.

Já sobre a Lagoa do Cocão, está na hora do município pressionar a CORSAN para que ela inicie o processo de revitalização do entorno do local, para que se possa surgir uma boa opção para aquela região. Isso sem falar da necessidade de se buscar convênios com piscinas particulares ou desenvolver algum projeto comunitário. Obviamente que isso custa, mas tem de se pensar na importância social que uma ocupação digna para a juventude da nossa cidade pode fornecer para o futuro de Alvorada.

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