Quinta-Feira, 30 de Maro de 2023 |

Editorial

A falta que faz uma emenda

Por Redação em 13 de Julho de 2018


Em anos ínfimos em que os cofres estão literalmente rapados e várias prefeituras “matando cachorro no grito”, ou empurrando contas, a dura realidade abordada na capa e página 7 deste semanário é uma realidade que não pode ser presente. A perda visível de diversos recursos em diversas secretarias deixa claro o quanto deve ser feito para a qualificação da vida dos nossos munícipes.

Uma cidade carente em todas as áreas não pode se dar ao luxo de perder estas verbas tão preciosas. Batalhas foram vencidas em diversas áreas até que cheguem aqui. E aqui chegando se é deparado com falta de estrutura e de conhecimento dos trâmites normais que deveriam já ter seguido.

Entra governo e sai governo e a novela continua a se repetir. A tão afamada “estória” da construção do dique faz parte do jornal A SEMANA já nas suas primeiras edições, portanto a trinta anos e de efetivo nada foi feito. Os municípios vizinhos já consolidaram a estrutura básica e nós continuamos a ver os projetos rodando de gaveta em gaveta em todas as esferas governamentais, sem termos o poder ou decisão se agilizá-las. E ficamos pasmos em qualquer nova chuva que pode trazer grandes estragos, levando a população de volta ao seu sofrimento.

O dique é somente mais uma de tantas agonias e de verbas perdidas. A duplicação da Getúlio Vargas foi efetuada no governo Carlos Brum com grande esforço, porém ficou somente nisso. Passados anos, a melhoria em seus passeios laterais, o paisagismo e a iluminação central ficou exatamente como estava.

Isto sem falar nos milhões de reais perdidos em não apresentar projeto em tempo hábil para duplicação da Avenida Frederico Dihl, um sonho para desafogar o trânsito da região. Ficou o traçado de quando foi asfaltado no então governo Pedro Simon, no programa estadual “Encurtando Distâncias” e que ligou com asfalto a cidade de Alvorada e Viamão.

Apesar de ser um valor pequeno em relação aos valores efetivamente aplicados, a nossa realidade poderia ser muito melhor. O progresso chama o progresso e uma cidade ordeira não se pode dar ao luxo de perder valores pequenos. Pois se os valores pequenos são perdidos, como será a organização dos valores maiores?

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