Por Redação em 01 de Outubro de 2021
Recentemente foi anunciado pela Prefeitura uma série de intervenções na Avenida Presidente Getúlio Vargas, conhecida como a principal via do município. Diversos retornos e rótulas foram fechados com o objetivo de melhorar a trafegabilidade e diminuir os acidentes. Contudo, uma medida que visava ajudar acabou gerando insatisfação em uma grande parcela da sociedade.
Isso porque muitos desses retornos beneficiavam comerciantes e empresários do município e essas mudanças “prejudicaram” o acesso dos veículos as suas lojas. A decisão não foi vista com bons olhos e esses mesmos empresários se reuniram para cobrar junto a Câmara de Vereadores e a Prefeitura uma reversão dessas mudanças para que o que estava antes volte a existir.
Quando se pensam em grandes mudanças, muitas vezes se sabe que vem com dor. Contudo, a administração municipal teve uma grande mudança feita e que foi bem executada. Estamos falando do estacionamento rotativo. A medida adotada pela Prefeitura hoje é aprovada pelos empresários e pela sociedade. Isso porque realmente foi democratizado o espaço público.
A diferença é que, antes do projeto ser aprovado e colocado em vigor, os empresários foram chamados para debater. Houve diálogo entre os poderes constituídos e a classe empresarial para que todos saíssem satisfeitos com as mudanças que também afetaram o trânsito da cidade. A própria ACIAL promoveu uma pesquisa que mostrava os altos índices de satisfação com o projeto.
Se, em um passado bem recente, houve diálogo entre as partes e o projeto saiu conforme todos esperavam, por que dessa vez foi feito de forma diferente? Por que não repetir a fórmula de sucesso e evitar o desgaste com a classe que faz a economia da cidade girar? É isso que muitos não entenderam e que geram a indignação de grandes empresários do município. Além da própria população acostumada em ir e vir sem grandes retornos.
Em momentos como esse se vê a importância de dialogar com todos antes de tomar uma decisão que afeta muitos setores. Algumas reuniões poderiam ter evitado essa situação e a dúvida que fica agora é: será que a Prefeitura vai voltar atrás? Se a resposta for sim: por que não conversaram com os empresários antes? E como fica a mobilidade da cidade? São dúvidas para serem respondidas nas próximas semanas.