Por Redação em 18 de Junho de 2021
Felizmente a campanha de imunização contra o coronavírus está andando e Alvorada é destaque estadual pelos seus números. Isso fará com que a vida volte a “normalidade” o mais rápido possível – a SMS acredita que todos estarão com a primeira dose até o fim de agosto – e as pessoas possam voltar a sua rotina. Contudo, hoje é sobre outro viés que será falado aqui.
Há cerca de um mês foi noticiado o retorno das aulas presenciais e, logo depois, o surto de casos de coronavírus no Colégio Pastor Dohms. Até onde se tem notícia, não houve nenhum caso grave ou óbito oriundo dessa escola. Agora é a vez da Escola Municipal Cecília Meirelles ter de ser fechada devido a casos confirmados da doença em seu corpo docente – um caso confirmado e três suspeitos.
Isso pode levantar diversos debates pertinentes sobre o retorno das atividades presenciais em meio a pandemia. O primeiro ponto é a responsabilidade dos professores em se cuidar. No caso da escola municipal, a diretora é o caso confirmado. Ela tomou a primeira dose do imunizante – ou pelo menos foi ofertada a ela – e sabe-se que o ciclo de imunização só se conclui dias após a segunda dose.
Contudo, a prática adotada pelo município foi de dar a primeira dose e retomar as atividades presenciais na sequência – talvez para cumprir com a promessa de que os professores só voltariam vacinados. Contudo, o nível de exposição nas escolas – seja pelos professores como também pelas crianças – é alto e arriscado. Será que não seria mais “seguro” aguardar a segunda dose?
Esse questionamento ganha mais força ao saber que a escola em questão conta hoje com apenas 20 alunos – aproximadamente – nas atividades presenciais. Isso levanta um debate mais amplo, afinal a maioria dos pais não se sentem seguros ao mandar suas crianças para as escolas – o que se mostra racional, tendo em vista a confirmação dos casos. Com isso se pensa na real necessidade de se retornar com tamanha pressa.
Fica muito difícil prever o futuro e a ideia aqui não é de achar culpados, mas sim interpretar os fatos. O que temos hoje é uma escola sendo aberta para pouquíssimos alunos e colocando em risco uma comunidade. Será que não seria mais seguro aguardar o ciclo de imunização? E, enquanto isso, permanecer com o ensino remoto? Talvez sim, mas hoje o cenário é que temos mais uma escola fechada por causa da Covid-19.