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Editorial

A realidade nua e crua

Por Redação em 22 de Junho de 2018


Chover no molhado; enxugando gelo; pedra cantada, são exemplos claros de tantas outras dezenas de ditados populares que mostram um pouco do que foi efetivado no município na área de segurança nos últimos anos. Ou não efetivado.

E os dados divulgados anualmente e nacionalmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostram nitidamente do que se está falando. Aliás, estamos remando em penúltimo lugar na área da segurança pública a longos anos. Adentram governos, delegados, comandantes, presidentes de diversos órgãos de segurança e o índice teima em ficar nas últimas posições estadual e nacional.

Viaturas novas à disposição todo ano, novos e modernos equipamentos para os órgãos de segurança, seminários, passeatas, porém são infinitamente ínfimos em relação a real necessidade das instituições e anseios da comunidade. E no momento atual, nenhuma força conjunta das várias classes representativas da sociedade para melhorar este quadro. Eventos esporádicos de determinados segmentos, isolados e que tornam a ação, apesar de relevante, pouco efeito trazem para o que efetivamente deve ser realizado.

É necessário que todas as forças vivas da sociedade, Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Executivo e Legislativo Municipal, entidades classistas, igrejas, e tantos outros se unirem para o bem comum. O esperar um pelo outro ou que alguém tome iniciativas de modo individual, já é notório o resultado, pois uma “andorinha não faz verão”.

Ainda hoje é tempo de trabalhar em conjunto para reduzir significativamente estes dados que em nada enaltecem a comunidade alvoradenses. Estamos ladeados de pessoas de bem, porém a ínfima parcela e negativa que vive entre nós deixa a todos inquietos. Novos tempos exigem atitudes pontuais, localizadas e com forte continuidade. Não podemos mais virar meses, anos, levando este estigma, ao contrário, o povo, na sua grande maioria quer uma guinada geral e que efetivamente traga resultados.

É salutar que as forças vivas representativas se unam para dar uma resposta à altura dos anseios da comunidade. Basta de iniciativas que já nasceram ineficazes e que tenhamos dias melhores para tirarmos de vez este peso que carregamos a longos anos.

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