Por Redação em 16 de Agosto de 2019
A capa desta edição do Jornal A Semana trata de uma ação especial que os órgãos de segurança desenvolveram no municÃpio. Provavelmente essa atividade, que faz parte do programa RS Seguro, surgiu após a divulgação dos Ãndices negativos de homicÃdios que o Atlas da Violência publicitou, visando debater esses números de forma mais esmiuçada e detalhada (por isso os dados são de 2017).
A mobilização de quem trabalha com segurança diretamente no municÃpio é grande. Isso é nÃtido quando se conversa com os delegados, comandante e secretário de segurança dentro do municÃpio. Mesmo com dificuldades financeiras e de pessoal/infraestrutura, mas infelizmente eles não têm condições de resolver todos os crÃticos Ãndices de criminalidade da cidade.
O problema está na falta de investimentos e apoio dos poderes constituÃdos no Estado e na União. Um claro exemplo disso foi à s mudanças no atendimento da DPPA, que retiraram os quatro delegados plantonistas e fizeram com que todas as ocorrências que tem flagrante tenham que ocorrer em Viamão – com isso, os soldados precisam acompanhar o processo na cidade vizinha.
Além disso, sabe-se que faltam viaturas e também soldados (a defasagem de pessoal do 24º BPM é de conhecimento público). O RS Seguro pode soar como um programa que beneficie Alvorada, mas necessita funcionar corretamente. No papel é uma grande iniciativa, mas os Ãndices de criminalidade – por mais que apresentem uma redução – ainda são alarmantes.
Isso sem falar do Governo Federal, que raramente se vê presente dentro do municÃpio. Não se vê a Força Nacional ou ações que reúnam a federal dentro da cidade. Isso que Alvorada, segundo dados do Atlas, é o sexto municÃpio mais violento do Brasil. Mesmo com todo esse alarmismo, nada mudou e Alvorada segue aguardando mais investimento da União.
Obviamente que a ação que ocorreu na quarta-feira e as outras que já foram realizadas desde março – data de inÃcio do RS Seguro – são de suma importância. Toda essa mobilização e a divulgação destas atividades podem sim coibir os criminosos e reduzir os Ãndices, mas é necessário mais. Ações muito espaçadas podem passar uma falsa sensação de segurança.
Investir em segurança é prioridade para uma cidade que reclama de falta de investimentos. As empresas só virão para uma cidade onde seus funcionários se sintam seguros. Investir em segurança também é investir em esporte, cultura, educação e desenvolvimento econômico. Todas essas áreas andam juntas e merecem igualmente um olhar atencioso do poder público.