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Editorial

Arrombamentos que demonstram do que precisamos

Por Redação em 31 de Março de 2017


Na próxima semana, estamos entrando no segundo mês de retorno as aulas. Alguns balanços são obrigados a virem à tona. E não é “chover no molhado” ou então “continuar a enxugar gelo”. De canto a recanto deste nosso Brasil, com raras e belas exceções, continuamos a amargar uma das piores posições a nível Nacional. E isto já nos foi mostrado em diversos painéis, seminários, congressos. Em 2014, quando da apresentação de dados globais, figurávamos em penúltimo lugar em investimento per capta por aluno, dentro de dados pesquisados de 35 países.

No contexto que estamos inseridos, numa cidade com o menor PIB do estado, a área da educação não está de fora. Tivemos dois prefeitos oriundos das classes de magistrados, porém o resultado apresentado anos após nos demonstra o que foi realizado, porém muito pouco em relação as reais necessidades.

Milagres não acontecem de um momento para o outro, inclusive na área da educação. Em breve destaque, novos arrombamentos de escolas públicas, o que nos faz pensar o quanto ainda nos falta investir para que a educação tenha o seu merecido espaço na sociedade em que vivemos. As instalações das escolas, as bibliotecas, a merenda de qualidade, os pais, os corpos docentes e discentes devem ter o seu respectivo espaço e de destaque. Apesar dos renovados esforços, a calada da noite ou mesmo nos finais de semana, o algoz do infortúnio deixa o seu estrago.

A tão esperada paz e educação no segundo lar dos adolescentes deve ser repensada e urgentemente. A educação para a vida se recebe em casa e o curricular nas escolas. Quando estes dois fatores estão descompassados, mais esforço é exigido dos professores e direções escolares. Se já existe um descompasso no corpo discente, com desvalorização salarial, excesso de trabalho e ambientes hostis, maior é o esforço para sairmos destes baixos índices.

Inúmeros municípios não muito distantes daqui, já alcançaram índices excepcionais na sua educação. Qualificaram os diversos espaços, profissionais, e em muito colaborou a qualidade dos gestores. É de repensarmos unidos de que melhor forma podemos sair deste quadro, pois entramos nele sem muito esforço. Multiplicado esforço deverá ser feito para não amargarmos mais dados estatísticos que já nos importunam a longa data.

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