Por Redação em 10 de Junho de 2022
Muitas vezes vemos a administração municipal informando que obras atrasam ou situações acontecem devido a empresas que fogem da alçada da Prefeitura. Um exemplo claro disso são as ruas asfaltadas e que receberam investimentos da CORSAN. A grande maioria delas nunca mais voltou a ser o que era e as que ficaram boas foi porque o municÃpio teve de recapear tudo – um exemplo é a rua Alberto Pasqualini.
Também existem empresas que paralisam suas obras ou quebram. Quantos anos ficamos acompanhando a Praça João Goulart, as obras da METROPLAN e, mais recentemente, o Ginásio Djalma Neves. As empresas não cumprem os prazos estipulados e quem sai prejudicado de todo esse processo é a população que fica sem usufruir os espaços públicos na ânsia de novidades.
Outro caso recente foi na reportagem que circulou na edição 1705, de 01º de abril, que tratava da iluminação pública. Na ocasião, foi informado que não haviam postes na região e que o municÃpio só poderia instalar os pêndulos e lâmpadas depois que a CEEE fizesse a sua parte: a colocação dos postes. Algo semelhante envolvendo a mesma empresa prejudicou durante dias os serviços na UBS Santa Clara.
Até quando o municÃpio vai ficar dependente destes processos? É preciso buscar alternativas legais para fazer com que essas prestadoras de serviço façam a sua parte para que a população não seja afetada. E isso precisa passar da barreira da cobrança ou pedido, pois infelizmente isso não faz mais efeito – é só ver as cobranças que a Equatorial sofre e os trabalhos não mudam.
Alvorada é uma cidade com mais de 200 mil habitantes, é um dos dez maiores colégios eleitorais do Rio Grande do Sul e tem um dos menores PIB do paÃs. São números alarmantes – sejam eles positivos ou negativos –, mas que mostram a dimensão, poder e força que o municÃpio pode ter. É necessário transformar isso em mobilização e cobrar dos poderes constituÃdos para que medidas mais rÃgidas sejam tomadas.
Algo precisa ser feita para que o povo de Alvorada não fique à mercê de empresas que abandonam obras ou que não prestam o serviço da maneira adequada. Se isso não mudar, seguiremos sofrendo nas mãos de quem só vem para o municÃpio gerar lucro, mas não entrega o mÃnimo, que é a prestação do serviço que foi contratado. É preciso mudar e cobrar as prestadoras de serviço por isso.