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Editorial

Balanço do pleito

Por Redação em 01 de Novembro de 2018


Passados alguns dias após a votação, os ânimos nacionais aos poucos vão se acalmando. As redes sociais, que foram o grande vilão, se sobressaíram de modo fenomenal e todos os candidatos, de uma ou de outra forma, se utilizaram dela. É uma nova plataforma que foi apresentada e muito pouca atenção lhe deram e outros investiram em qualidade ao longo dos anos que antecederam o pleito.

Muitos a utilizaram de modo a também denegrir ou colocar em dúvida o trabalho alheio. E este era multiplicado inúmeras vezes, mas o povo, em sua grande maioria, o soube distinguir. O eleitor, quando estava ele e a urna deu o seu voto e o seu claro recado que quer mudanças. E isto foi sentido pela maior parcela dos brasileiros nos dois turnos da eleição.

E o novo presidente de todos os brasileiros se fez conhecer ainda na noite de domingo, onde que Jair Bolsonaro teve mais de 54 milhões de votos. Com míseros segundos na televisão e campanha financeira menor a de muitos governadores estaduais mostrou como, em poucos instantes, deu um revés em todos os demais candidatos. Convalescendo do ataque sofrido junto a sua família, encontrou aí o refúgio e sair triunfante para a vitória.

Conforme podemos notar, a oposição, tendo como bases pesquisas eleitorais que seria difícil uma virada, alterou seu plano de governo e fez promessas difíceis de ser cumpridas e que poderiam prejudicar os cofres públicos a longo prazo.

E Sartori, recebendo uma herança negativa em conjunto com a recessão brasileira, tombou frente a um jovem político que promete em curto espaço de tempo, levar o estado a outros patamares. Em um ano, Eduardo Leite, pretende colocar o pagamento de salários em dia e em dois anos a volta da alíquota do ICMS aos indicadores de antes.

E o consagrado alinhamento das chamas (governo municipal, estadual e federal) num só dia foi tudo desfeito. Não temos no legislativo nenhum representante oficial das duas legendas (PSDB e PSL) e somente amigos, parceiros de longas datas de pessoas próximas. De igual forma no Executivo, que começa a costurar vagamente para se achegar ao novo governo.

Os tempos de alinhamento das estrelas e chamas são passados e pouco, ou mísero proveito, obtivemos. Não passaram de mais um engodo político de tantos outros que se tem conhecimento. Porém, as novas mídias sociais e que mostraram a que vieram estarão presentes nos próximos meses abrindo caminho ao novo governo municipal e que já está trabalhando entre nós. A velha e nefasta política, de agrados aos seus, está com os dias contados. O clamor que não é ouvido nos gabinetes é gritado de forma veemente nas redes sociais. Elas poderão não ser ouvidas hoje, mas amanhã, no próximo pleito se farão presentes e aí serão ouvidas. Pena que já é tarde ...

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