Por Redação em 07 de Julho de 2015
Duas situações nesta semana chamaram a atenção para a saúde do municÃpio: um menino de oito anos que precisava ser transferido para uma UTI especial teve que esperar 18 dias para conseguir a transferência. O caso causou exaustão à famÃlia, pois além de ele ter paralisia cerebral, adquiriu uma infecção hospitalar enquanto estava internado no Hospital de Alvorada. Mesmo tendo uma ordem judicial ele teve que esperar todo este tempo, o que agravou seu estado de saúde.
Outro fato que chamou a atenção foi à falta de medicamentos na Farmácia Municipal. Usuários relataram que, além de o atendimento ser demorado, dificilmente eles saem do local com todos os medicamentos necessários. Se os remédios faltam eles acabam tendo que comprar nas farmácias comerciais, porém, muitos são aposentados e ganham um salário mÃnimo, o que inviabiliza a compra de medicamentos caros, mesmo eles sendo necessários.
Que a crise está instaurada no paÃs não é novidade, mas ela começou a afetar a saúde pública dos estados. A falta de verba vem dificultando os atendimentos em diversas regiões do Estado. Alguns hospitais estão com atendimentos restritos, como no Litoral e na Serra, e outros dois, no Vale do Rio Pardo, já anunciaram que vão suspender os atendimentos, pelo SUS e outro decidiu fechar as portas. Além de demissões que andam ocorrendo devido à falta de repasse de verbas pelos governos federal e estadual.
Os governos confirmam os cortes das verbas, no entanto, assumir o problema não quer dizer resolve-lo. Parcialmente eles vem quitando a divida com a saúde, e isto a conta-gotas. Porém não é o suficiente para melhorar de fato este ponto. A saúde é primordial em uma sociedade, ter hospitais dignos, com leitos decentes, médicos, enfermeiros e técnicos para atender bem a população, postos de saúde equipados e farmácias abastecidas é o mÃnimo que a sociedade espera. E o alto investimento em médicos cubanos foi somente um paliativo no mar de caos no qual a nossa saúde está exposta.