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Editorial

Deitado eternamente

Por Redação em 19 de Julho de 2013


Pois é, o gigante acordou, gritou, “saiu da toca”, cresceu, mas parece que cansou e voltou a deitar em berço esplêndido.
O movimento que tomou as ruas de diversas cidades brasileiras, inclusive Alvorada, foi reduzindo até se acabar com a greve geral convocada para a última semana, e que teve participação ínfima se comparada com as manifestações populares. Apesar dos dirigentes sindicais alegarem que houve adesão maior que a esperada, era visível o esvaziamento do ato dado a mínima participação popular. Sendo assim, o sucesso da greve se deu, na verdade, com a colaboração dos sindicatos dos rodoviários, que tornaram impraticável qualquer tentativa dos trabalhadores saírem de casa.
Bem, voltando aos movimentos populares...
Agora, enquanto o povo brasileiro comemora as primeiras conquistas, entre elas a votação de algumas PECs/Propostas de Emenda Constitucional, e as constantes notícias de redução das tarifas de ônibus por todo o País, nossos nobres representantes parlamentares seguem votando, praticamente às escondidas, questões que também muito interessam ao povo brasileiro, mas que vem apresentado resultados contrários ao que foi reivindicado nas ruas.
Em editorial de algumas semanas atrás, comentamos que estava na hora do próximo passo, na hora das pessoas deixarem as ruas e irem para as Casas do Povo justamente para seguir acompanhando votações e propostas de Leis.
Mas não estávamos falando em ocupação, e sim em participação!
De que adianta ocupar uma Câmara de Vereadores se após a saída do tal grupo as sessões seguirem sem a presença do povo?
De que adianta, no caso de Alvorada, ir a uma sessão ordinária a cada 30 ou 60 dias, só quando é convidado por sua categoria ou sindicato ou se há homenagens a um conhecido? E, pior ainda, esvaziar o plenário tão logo o assunto de seu único interesse se encerre?
Acompanhar a vida de uma cidade não é sair na rua para conversar com a vizinhança e, quem sabe, ler um jornal local para saber das notícias.
Para estar por dentro do que acontece na cidade, é necessário muito mais. É importante um contato mais aproximado com o candidato eleito e, ainda mais, com aquele que não se elegeu mas que, pode sim, te representar pois tem (ou deveria ter) maior conhecimento político.
Agora se o seu candidato derrotado resolveu abandonar a política e se dedicar apenas a sua vida pessoal, cuidado para não cair na conversa dele nas próximas eleições...

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