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Editorial

Desperdício de tudo

Por Redação em 14 de Fevereiro de 2014


A maioria de nós, desde muito pequenos, aprende que é necessário conter despesas, acabar com o desperdício, economizar... Essa preciosa lição levamos para a vida, seja nas nossas contas pessoais como na doméstica. E vale tudo! Economia de água para lavar calçadas, durante o banho ou ao escovar os dentes. Economia de luz ao não deixar lâmpadas acesas desnecessariamente ou ainda controlar o consumo de energia dos aparelhos domésticos. Não desperdiçar comida, ao se servir apenas do necessário para uma refeição, sem “deixar comida no prato”...e por aí vai.
E isso se aplica também para a nossa cidade, o nosso país. Toda a aplicação de dinheiro público deve ser bem feita e, porque não, fiscalizada não só pelos órgãos competentes como também pela população. Contudo são muitos os exemplos de desperdício que vemos constantemente, ou ainda de dinheiro mal aplicado, em locais e projetos equivocados.
A comentada inauguração de um porto moderno em Cuba que contou com financiamento do BNDES/Banco NACIONAL de Desenvolvimento Econômico e Social invadiu a mídia e as redes sociais, com as mais diversas manifestações pró e contra. As obras da Copa do Mundo, que ao contrário do que aconteceu em outros países (muitos deles ricos!) está sendo custeada em parte por verba pública e tantos outros exemplos. Enquanto isso, a casa brasileira está caindo, com problemas estruturais na saúde, educação, energia, previdência, portos, estradas ...
Mas também aqui, no quintal de nossa Alvorada há sinais claros de desperdício. Como os containers de lixo que foram retirados da avenida e que hoje deterioram a céu aberto em um terreno próximo ao Aterro Sanitário. Ou ainda o pórtico de entrada da cidade, que não recebe manutenção nem atenção e parece apenas um monte de ferro a receber quem se aproxima da Capital da Solidariedade, que é um título completamente deixado de lado. E o Hino Oficial do município de Alvorada, quem ainda o escuta? Em qual solenidade oficial ele é cantado?
Há ainda o desperdício de ideias, que muitas vezes acarreta aplicação de verbas e a perda delas. Como é o caso de mais um projeto para a Lagoa do Cocão.
Semelhante aos aplicados anteriormente, surgem novas ideias, que poderiam se somar àqueles já realizadas caso essas não tivessem se perdido e o local, novamente, tenha caído na situação de abandono e vulnerabilidade que a maioria dos ambientes naturais acabam sofrendo.
Quando falamos que as pessoas deveriam somar, não nos referimos apenas a valores monetários e sim valores morais, de vivência, de solidariedade. E é isso que falta a cada um de nós, aceitar que podemos errar que o outro, mesmo que seja nosso oponente, pode ter boas iniciativas, que devem ser incrementadas e não anuladas.

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