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Editorial

E a Feira do Livro?

Por Redação em 11 de Novembro de 2022


Chega ao fim hoje mais uma edição da Feira do Livro de Alvorada. Uma Feira diferente e que, somente com o distanciamento necessário, vamos poder analisar se foi um evento positivo ou negativo para o município. Isso porque, pela primeira vez, ela foi realizada em um formato itinerante – ao invés de se concentrar na Praça João Goulart, as atividades ocorreram nas escolas.

Obviamente que o evento teve pontos positivos. Com as ações indo para as escolas, mais alunos podem estar contemplados, a segurança aumenta e os gastos diminuem – não se gasta com estrutura, transporte e outas questões. Contudo, a redução de gastos com a realização do evento tem aspectos negativos que precisam sim ser destacados, até porque são preocupantes.

Por mais que a Feira do Livro de Alvorada sempre tivesse sido voltada para o público infantil, muitos jovens e adultos iam até o evento para prestigiar peças de teatro, assistir shows e comprar livros. Isso independente de estudar em uma escola da rede municipal. Muitos dos alunos da rede estadual e privada – além da comunidade como um todo – usufruíam da Feira do Livro como um todo.

Na maneira com que foi feita, a Feira do Livro tem pouco livro – no mínimo intrigante. Não existem bancas e a população não pode comprar o seu livro. Sem falar que o evento acaba segregando o seu público e somente o aluno da rede municipal teve uma Feira para chamar de sua. Os demais estudantes e toda a população de Alvorada não teve uma Feira e muitos nem devem saber que ela aconteceu.

Obviamente que a Secretaria de Educação (SMED) precisa beneficiar os seus alunos. Eles são a prioridade. Contudo, não tem como não olhar para o passado e relembrar a praça cheia de gente. Famílias caminhando, comendo, aproveitando a Feira. Que a administração municipal reveja esses pontos para que, no futuro, possamos ter um evento para toda a cidade, afinal todos são alvoradenses – independente da escola.

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