Por Redação em 16 de Julho de 2021
Essa novela vai longe ainda. Alvorada, assim como outros municÃpios do Rio Grande do Sul e do Brasil, sofrem com o problema do transporte coletivo – principalmente urbano. Isso porque, com o home office da pandemia e o surgimento de aplicativos de transportes, utilizar os ônibus acabou se tornando cada vez mais raro. Com isso a conta não fecha.
Empresas sofrem para manter uma frota atualizada e os salários dos funcionários em dia. Além disso, existe um problema de segurança dentro dos transportes coletivos que foge da alçada da empresa, pois é um problema de segurança pública e precisa ser debatido. Afinal muitos usam alternativas também por medo e não somente por questões econômicas.
Pensando em todos os lados, é difÃcil projetar que o transporte coletivo se mantenha em breve. Isso pelo menos nos moldes que a gente conhece. Contudo, o poder público precisa pensar em alternativas, principalmente para bairros afastados ou carentes, afinal todos sabem das dificuldades com conexão de internet e dificuldades financeiras que foram agravadas pela mesma pandemia que prejudicou as empresas de ônibus.
Por isso, tanto Prefeitura quanto Câmara de Vereadores precisam se debruçar em cima desse tema, seja através de uma parceria com a VAL, nova licitação (que em todas as cidades vizinhas não está saindo do papel e sim dando deserta) ou até assumir o transporte da cidade. Sabemos que é difÃcil, afinal o gasto é enorme, mas a população não pode ficar desassistida neste momento.
Entretanto, por mais que seja um problema complexo de ser resolvido – isso se for resolvido – ele já era previsÃvel. Faz anos que a VAL reclama dessa situação e que os transportes alternativos crescem. Alvorada teve tempo para debater e estudar alternativas. Infelizmente esse tempo começa a findar, mas algo precisa ser feito antes que o colapso se confirme.
O maior medo disso tudo – pelo menos para nós do Jornal A Semana – é que esse colapso prejudicará quem mais precisa na cidade. São as pessoas carentes e em bairros afastados que utilizam o transporte coletivo para ir trabalhar (ou procurar emprego), além de levar seus filhos para a escola e fazer outras coisas na cidade. Essa classe mais carente não pode ser a mais prejudicada em um momento desses.