Por Redação em 14 de Agosto de 2020
Não é segredo para ninguém que estamos no meio de uma pandemia. Já são mais de 100 mil mortes no Brasil e dezenas de ações e mobilizações propostas pelos poderes constituídos para tentar controlar o avanço da doença. Contudo, nos últimos dias a gente vê um afrouxamento de algumas medidas. Isso mesmo. A pandemia segue com números altos e a flexibilização já começou.
O futebol voltou em todo o país. Aqui no RS o governador flexibilizou a bandeira vermelha para os serviços não-essenciais. Em Porto Alegre o comércio reabriu e em Alvorada o prefeito já deixou claro ser contra o fechamento e sugeriu que se abrisse a porta do lado. Contudo, antes dessas ações, todos estavam tentando ser rígidos no distanciamento controlado e isolamento social.
Mas porque essa mudança no comportamento dos governantes? A resposta é simples: a população nunca respeitou os regramentos propostos. A gente sempre via nos noticiários que a Orla estava lotada nos finais de semana e em Alvorada não foi diferente. A reportagem do Jornal A Semana visitou os principais parques e praças da cidade e a maioria estava com pessoas jogando futebol e tomando chimarrão.
Com isso, infelizmente os políticos que tentaram impor medidas de distanciamento acabaram se tornando vilões dos comerciantes, empresários e trabalhadores. Muitos deles acabaram cansando de comprar brigas com a população e suplicar pela cooperação e optaram por jogar a toalha e flexibilizar tudo – com certeza isso tem relação com as eleições que chegam a seguir.
A falta de consciência e de bom senso da população em não respeitar nenhum regramento proposto faz com que os políticos “desistam” de tentar controlar a proliferação da doença. Todos estão errados. Os poderes constituídos em diminuir o controle e a população que não respeita uma pandemia que matou centenas de milhares de pessoas pelo mundo.
Infelizmente a única alternativa para a população aprender é mexendo no bolso. Somente com multa ou apreensão – ou fechamento no caso dos comerciantes – que as regras funcionariam. Infelizmente a orientação não basta e o povo só aprenderia a respeitar pelo medo, mas não da doença e sim de mexerem no seu bolso. É triste, mas parece que é a realidade.