Por Redação em 31 de Julho de 2020
Essa semana é capa do Jornal A Semana a campanha da Máscara Roxa, que chega há algumas farmácias de Alvorada. A ideia é “simples”: muitas vezes as mulheres sofrem de violência doméstica e não tem como ir até a DEAM denunciar, mas agora essas farmácias também se tornaram pontos de denúncia. Com isso, se auxilia no combate e redução dos índices de criminalidade contra a mulher.
Índices esses que só aumentaram durante a pandemia do coronavírus. São diversos os relatos e inclusive o delegado interino da DEAM já disse a reportagem do Jornal A Semana de que as ocorrências desse tipo de crime aumentaram durante o isolamento social – ou distanciamento controlado – pois tem mais pessoas em casa e “sem fazer nada” e isso acarreta o aumento dos crimes.
Olhando a dimensão dessa notícia, é uma excelente ação colocar em prática a campanha Máscara Roxa. Com certeza essa será mais uma ferramenta para que as mulheres possam denunciar os agressores e, consequentemente, sair do ciclo de agressão em que sofre muitas vezes por dia, meses ou anos. E é de suma importância que os farmacêuticos de Alvorada tenham tido essa sensibilidade.
Contudo, eu comecei esse texto com o título de que infelizmente ainda precisamos noticiar isso – uma campanha contra a violência doméstica. Vivemos em 2020, pleno século XXI e ainda temos que seguir lutando contra esse crime que não deveria existir, onde um homem agride uma mulher. Quando será que vamos evoluir como sociedade para que isso não aconteça mais?
Quem nunca ouviu casos como esses? E aquela frase: “Em briga de marido e mulher não se mete a colher!”, são tabus que precisam ser quebrados e esse é mais um que precisa cair por terra. É necessário se meter sim e ajudar quem mais precisa. Isso doa a quem doer.
Tomara que essa campanha alcance o sucesso e mais agressores sejam presos pelos crimes que cometeram, mas principalmente, tomara que crimes como esses acabem de uma vez e a gente evolua como sociedade e compreenda o quão errado e inaceitável é a violência doméstica. Tomara que daqui há alguns anos a gente possa estar noticiando a erradicação desse crime por não haver mais registros de violência contra mulher. Contudo, essa ainda não é a realidade e, infelizmente, ainda precisamos noticiar isso.