Tera-Feira, 21 de Maro de 2023 |

Editorial

Mantendo símbolos e tradições

Por Redação em 01 de Março de 2013


O que conta a nossa história, na maioria das vezes, são as nossas raízes. Nascemos em uma casa que possui hábitos e costumes e vamos crescendo com as características que chegam a nos identificar em alguns locais e momentos.
Quem nunca ouviu a frase: “Tu não é parente de fulano? Logo vi pelo jeito!”. E são esses detalhes que formam a nossa personalidade, nos moldam como seres humanos e seres sociais.
E com uma cidade também é assim, são os detalhes, as particularidades que a identificam em meio a tantas outras. É o seu povo que dá características positivas ou não ao lugar onde mora.
Em Alvorada, por muitos anos, fomos reconhecidos pela pobreza, violência... Aos poucos fomos criando autoestima, conquistando certo orgulho da cidade, perdendo a vergonha de ser alvoradense.
E muitos foram os detalhes que contribuíram para isso. A nova ponte de entrada sobre o Arroio Feijó; a duplicação da avenida Presidente Vargas, obra que perdurou por anos, mas apesar da demora foi concluída recentemente; a instalação de um hipermercado no principal acesso, o que nos deu um ar de cidade grande; o clube de futebol que trocou de nome, mas seguiu dando orgulho aos alvoradenses até mesmo quando se tornou sede de um tradicional time gaúcho. Mais recentemente o Pórtico, que passou a marcar e bem receber quem chega a Alvorada; o Chimarródromo em torno do qual se reúnem dezenas de pessoas, principalmente nos finais de semana e o Hino de Alvorada, que foi escolhido em concurso realizado em 2008, quando uma senhora alvoradense se dedicou a compor uma música em homenagem à cidade que a acolheu anos antes, sendo julgada por uma banca qualificada e exigente.
Ah! E há ainda o título de Capital da Solidariedade, palavra tão importante, principalmente para um povo carente, que vive na esperança de ter uma cidade melhor, uma vida mais digna, sendo respeitada não só pelos municípios vizinhos mas, principalmente, por ela mesma. E é por respeito, principalmente pelo povo alvoradense, que esperamos que muitas dessas conquistas sejam preservadas e sigam ocupando seu devido espaço no dia a dia de Alvorada.
Outro sinal de respeito por parte dos governantes, é o cumprimento da lei e, principalmente, a postura frente a questões tão importantes como corrupção, desvio de verbas públicas, nepotismo... Não se pode admitir que em um período em que o Brasil está lutando bravamente contra essas “epidemias” Alvorada também seja contaminada, ou continue com esses vícios.
Por fim, queremos lembrar as vítimas de Santa Maria, os 239 jovens que, há 30 dias, sucumbiram frente a uma série de fatos desastrados, onde não há um só culpado, mas uma rede de responsabilidade pelo resultado negativo.
Enquanto isso, em Alvorada, nossa expectativa é que o trabalho de fiscalização siga eficiente, e que todas as instâncias envolvidas no bem estar da nossa comunidade estejam trabalhando em conjunto para que a tragédia não se repita por aqui.

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