Por Redação em 23 de Julho de 2021
Hoje trazemos um tema diferente para esse editorial, afinal não é sempre que falamos sobre mobilidade. Quando falo isso, não estou dizendo no sentido macro, mas sim pensando em quem vive num outro lado que muitas vezes não é visto, pensado ou valorizado pela pelos poderes constituÃdos. Falo aqui das pessoas que têm mobilidade reduzida e precisam de uma atenção maior da administração municipal.
Nessa semana foi possÃvel conversar com vários cadeirantes – ou seus responsáveis – para compreender um pouco da realidade e das dificuldades que essas pessoas encaram no seu dia a dia para para se locomover na cidade. Isso porque são raros os acessos que ligam as vias até as calçadas e somente um deles respeita o Plano Nacional de Mobilidade e as normas do Governo Federal.
Enquanto isso, pessoas com mobilidade reduzida – seja ela temporária ou permanente – sofrem para transitar pelo municÃpio e correm riscos de se machucar ou cair devido aos problemas encontrados na cidade. Todas as pessoas entrevistadas na reportagem que circula nesta edição relatam descaso da administração com essa parcela da população que carece de mais atenção.
Estamos falando aqui de pessoas que sofrem diariamente não apenas no trânsito, mas em diversos outros setores da sociedade e que não são atendidas em aspectos mÃnimos como o direito de ir e vir. Pessoas muitas vezes que já tem dificuldades de conseguir um emprego de viver normalmente e acabam encontrando nos poderes constituÃdos empecilhos e não auxÃlios.
A administração afirma que existe um plano nacional de mobilidade urbana Definido pelo governo federal e que precisa ser colocado em prática até 2023. Contudo, é muito difÃcil para nós acreditarmos que esse plano de fato sairá do papel em sua totalidade. Seriam muitos investimentos em obras para regularizar calçadas – isso falando apenas da pauta desta semana – para que se disponha desse recurso.
O problema é que, enquanto se espera para colocar em prática um plano que tem previsão de 2023, as pessoas que precisam se locomover pela cidade hoje, não tem perspectiva de dias melhores. Não existe um projeto voltado para a regularização de rampas de calçadas e quem perde é uma parcela que já sofre diariamente e que, infelizmente, não deve melhorar sua qualidade de vida tão cedo.