Por Redação em 30 de Abril de 2020
Esse ano já era considerado por muitos um ano atípico, afinal entraríamos em um ano de eleições municipais – algo que movimenta muito as páginas deste veículo. Contudo, além da correria que o pleito proporciona, Alvorada e todo o Brasil também tiveram a notícia da chegada do coronavírus (Covid-19). Com isso, um ano que já era movimentado, ficou muito mais.
Para os jornalistas, youtubers e mídias digitais, esse período do ano é excelente. Não faltam notícias e nem pautas. O problema é que o coronavírus é uma pandemia séria e que vem atingindo cada vez mais pessoas. Acredita-se que todos os veículos preferiam abrir mão desta pauta para que a doença fosse embora – ou nem tivesse vindo – para o Brasil.
Já no aspecto político, tem muita gente que também preferiria renunciar às eleições. Muitos brasileiros estão cansados de falar, discutir e analisar política para depois se decepcionar ou discordar da ação de político A ou B. A população está cansada de todas essas discussões e não ter dinheiro no bolso e comida na mesa. E o pior é que o futuro não parece ser promissor.
A pandemia interferiu diretamente na economia. São empresas falindo e o número de desempregados aumentando. Isso afeta diretamente na imagem e no poder de negociação dos governantes brasileiros com os outros países. O objetivo de reerguer a economia sofre com esse embate contra a maior pandemia dos últimos anos e que vem deixando mortes e desempregados pelo país.
Foram citados morte e desemprego acima porque essa vem sendo uma discussão frequente no tema da pandemia e da política. O problema é que, muitas vezes, ele não é discutido por especialistas e com um viés 100% voltado para a saúde ou para a economia. Os dois lados têm seus pontos e argumentos, mas o bem do país nem sempre é a prioridade dos debates.
O que se vê por aí é um debate político para tentar se dar bem nos próximos pleitos. Muitos criticam o presidente, governador, prefeito e vereadores não por concordarem ou discordarem, mas sim para criticar e se colocar como opção “diferente” ou “nova”. Falta empatia e proatividade e sobram ataques visando apenas as eleições e não apenas o bem-estar social e de saúde pública da população. O que é uma pena.
Infelizmente muitos estão utilizando esse momento como palanque por ainda não terem compreendido o tamanho que a pandemia tem. Não é o momento de discurso eleitoral ou de trabalhar para quem votou em você. Não é o momento de atacar quem não lhe apoiou no passado, mas sim trabalhar para todos. Resumindo tudo: não é o momento de fazer política.