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Editorial

Nunca na história desta cidade...

Por Redação em 03 de Fevereiro de 2017


E o que foi escrito efetivamente aconteceu. O que era esperado efetivamente aconteceu. Nos referimos a Sessão Legislativa Extraordinária que aconteceu na última sexta-feira, 27 de janeiro na Casa do Povo. Um dia triste que entra para a história.
A única entrada ao Legislativo estava trancada. Além de homens duma empresa de segurança particular, também a Brigada Militar foi chamada como reforço. Brigadianos com armas de grosso calibre. Após insistentes solicitações para que o portão fosse aberto por secretários municipais, vereadores e servidores, o portão foi aberto e os cidadãos puderam adentrar na Casa do Povo.
Na sua grande maioria, funcionários municipais devidamente postados estavam simplesmente exigindo o cumprimento da Lei e não a sua alteração. E numa sessão conturbada como certamente nunca foi visto, tudo o que foi encaminhado pelo Executivo ao Legislativo passou incólume na votação. Exceto o pagamento no dia 30 de cada mês dos servidores inativos e pensionistas.
Servidores concursados perdendo conquistas que há vários anos conquistaram. E numa época de crise avassaladora, o pouco que lhes é tirado faz grande diferença no final do ano.
Além disso, o que deixa grande parte da população perplexa foi a retirada da qualificação escolar para os que ocupam cargos de Diretores Geral, de Departamentos no Executivo Municipal. A eles, apenas o ensino médio incompleto é necessário para preencher a referida vaga. A qualificação profissional, que deveria ter bacharéis atendendo, basta ter “comprovada experiência” para ocupação do espaço.
Estamos na região metropolitana e num raio de 30 quilômetros temos dezenas de renomadas instituições de ensino superior, de todas as matizes e com algumas em destaque nacional e internacional por seu renome. Todas elas com vagas para preencherem, cotas especiais, condições diversas de pagamento e outras inclusive gratuitas.
A filiação partidária é universal, basta preencher certos requisitos, porém o Poder Público merece estar avante aos interesses subalternos dos atuais ocupantes dos cargos. Acima deles está o povo que os elegeu e que espera a qualificação do serviço prestado, excelência na gestão e transparência.
Urge a necessidade de rever vários obstáculos, inclusive a qualificação escolar, pois assim, não ocorrendo, sobrecarregará ainda mais a máquina pública e um retorno mínimo na qualificação do serviço prestado. Estamos amargurando os mais baixos índices de segurança, educação, PIB e certamente o sonho de dias melhores não chegarão se não observarmos a questão da escolaridade.

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