Por Redação em 04 de Dezembro de 2020
Nas últimas semanas, moradores das mais distintas regiões de Alvorada fizeram vídeos, fotos ou relatos nas redes sociais após terem avistado macacos-prego pulando nos telhados e árvores. Isso indo da Americana até a Intersul, passando por Icaraí e Piratini. Diversos pontos da cidade – o que fazem ser difícil saber se é o mesmo macaco ou se existem outros.
Contudo, praticamente todos os entrevistados relatam o mesmo: “os animais são dóceis, mas parecem com medo” e “tentamos contato com o IBAMA e Prefeitura, mas não nos atendem”. Esses fatos merecem diversas reflexões sobre a vinda de animais silvestres para dentro de zonas urbanas e populosas, afinal estamos falando de bairros grandes que registraram a presença de animais.
O primeiro é sobre o macaco em si. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, os levantamentos apontam para um animal de cativeiro que fugiu. Não existem mais explicações sobre a sua legalidade e a tendência é de que seja clandestino, afinal o possível dono não apareceu. Cabe ressaltar que isso é crime previsto em legislações e que podem levar até a prisão.
Ainda não existem confirmações se existem mais macacos ou se é o mesmo, mas todos os relatos apontam para que eles sejam dóceis e, possivelmente domesticados. Além disso, também existe a possibilidade de ser um bando – os levantamentos ainda estão sendo feitos. Contudo, existe outro ponto ainda relacionado aos macacos que precisam ser questionados.
Falamos aqui de questões ambientais. Se for confirmado que há um bando pela cidade, isso mostra um grande impacto na natureza. As secas podem ter interferido nos frutos e, consequentemente, eles estão vindos atrás de alimentos. Isso sem falar das cidades que invadem cada vez mais as matas, tirando os espaços dos animais que, para piorar, são mortos. Isso mesmo. Existe o registro de um macaco encontrado morto.
Isso mostra a falta de preparo e de educação ambiental, que pouco acontece também nas escolas. É nítido que é preciso mais atenção e cuidados. Os animais não fazem mal a ninguém e, muitas vezes, se aproximam por fome. Contudo, a falta de informação – que já matou dezenas de bugios no passado – volta a assolar uma população que maltrata um animal dócil e selvagem, que não traz mal ao ser humano.
Outro ponto que merece a atenção é a falta de assistência por parte dos poderes constituídos. Nem IBAMA e nem Secretaria de Meio Ambiente (SMAM) prestaram o atendimento – pelo menos segundo os moradores. Os relatos são inúmeros e isso mostra um pouco do descaso que existe com o meio ambiente da cidade. É preciso corrigir isso de inúmeras formas e rápido.