Por Redação em 17 de Julho de 2020
Estamos vivendo em uma pandemia onde as lives sertanejas viraram moda. O motivo disso é simples: o setor artÃstico foi o primeiro a parar e será o último a retornar, devido as aglomerações. Nesse caso, eles buscam alternativas para rentabilizar seus shows durante a pandemia do coronavÃrus. Contudo, nem todos são estrelas de seus ramos e é preciso pensar no macro.
Nas inúmeras edições do jornal A SEMANA foi dado exaustivo destaque as feiras dos livros, bibliotecas, classe cultural entre outros. E existem muitos artistas menores – quando se fala em popularidade – e que também estão parados e sem recursos. Nesse caso também faltam patrocÃnios e alternativas. Contudo, uma lei foi criada para auxiliar a classe e, por ser um celeiro de grandes artistas, Alvorada está contemplada com uma quantia significativa de mais de R$ 1.4 milhões para repassar aos produtores e espaços culturais.
Isso seria uma ótima notÃcia senão viesse acompanhado de uma péssima na sequência: o municÃpio não está regularizado junto aos órgãos competentes. Mesmo que exista uma lei desde 2014 que cria o Sistema Municipal de Cultura, nenhum dos outros passos foi desenvolvido. O conselho de polÃticas culturais está em hiato e, tanto o plano quanto o fundo municipal de cultura não estão concluÃdos.
Todas essas falhas podem fazer com que o municÃpio perca o recurso e que artistas como o mágico Dudu, o cineasta Evandro Berlesi, o ator Cristiano Garcia, o comediante Douglas Pedro e tantos outros que poderiam ser contemplados – sem falar em bibliotecas populares, agremiações de samba e CTG’s – podem ficar sem esse apoio do poder público.
Não foram divulgados os nomes de quem poderia ser contemplado com esses recursos e os nomes citados acima não são necessariamente beneficiários – até porque não foram divulgados todos os critérios – mas a ideia é mostrar o farto cenário cultural que existe em Alvorada e que pode estar desassistido pelos poderes constituÃdos que deixaram de canto a cultura.
Infelizmente é notório que a cultura sempre é um setor desvalorizado por todos. São quase seis anos que a lei foi promulgada e até hoje nada foi feito. Agora, em cima da hora e para não perder o recurso que Alvorada vai atrás de algo que era para ter feito anos atrás. E os secretários que por ali passaram? Serão questionados? Por que não ter feito com tranquilidade e garantido melhores condições para a arte? Nunca saberemos.