Por Redação em 14 de Fevereiro de 2020
O Governo do Estado vem sofrendo acusações fortes de suas oposições desde a gestão de José Ivo Sartori (MDB) sobre o trato com os professores e o descaso com a educação pública. Obviamente que, muitas vezes, esse discurso é mais da oposição (quanto pior, melhor) do que de problemas que realmente podem ser solucionados. Contudo, existem coisas que não precisam ou não podem acontecer.
Alvorada tem sérios problemas de segurança, falta de emprego e baixa renda. Todos sabem que a educação é um dos pilares para mudar a vida das pessoas – ainda mais em cidades que sofrem com diversos problemas. Contudo, por mais que essa seja a realidade, o Estado optou por terminar com o EJA de ensino fundamental durante a noite na Escola Stella Maris.
São 16 anos trabalhando com jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir o ensino fundamental – muitas vezes precisaram abandonar a escola para ajudar em seus lares – e agora precisam disso para poder conquistar um emprego melhor ou uma promoção em seu trabalho. Como são adultos, trabalham durante o dia e a noite seria sua única opção.
Contudo, 16 anos depois, a Escola Stella Maris não terá mais esse serviço fundamental em seu bairro. Um dos motivos é a falta de segurança para professores e alunos. Mais um ponto para o Estado, que seria o nosso responsável pela segurança pública, mas que peca em não investir mais na Brigada Militar, PolÃcia Civil, SUSEPE e todos os outros setores estaduais de segurança.
Porque não se pensar em alternativas para que não se termine com esse serviço de suma importância para aquela comunidade? Opções de segurança ou tornar a escola mais atrativa. A solução mais fácil com certeza é fechar o EJA, mas nem sempre a solução mais fácil é a melhor e os nossos governantes tem o papel de pensar em boas soluções e não em soluções fáceis.
A nossa educação sofre cada vez mais com falta de valorização, problemas de infraestrutura nas escolas e greves – muitas vezes justas – por direitos melhores de trabalho. O Estado tem a obrigação de ofertar melhores condições de trabalho e focar na oferta e não na retirada de serviços importantes que existem e tem o seu papel dentro da sociedade alvoradense.