Por Redação em 12 de Julho de 2013
As manifestações iniciadas em Porto Alegre por conta do preço das passagens de ônibus e que tomaram conta de todo o Brasil, crescendo também na pauta, levaram os sindicatos a chamarem uma Greve Geral, que foi reivindicada nas ruas, mas acabou não acontecendo em 1º de julho.
Então o dia oficialmente marcado foi o 11 de julho, uma quinta-feira, ontem. Bancos fechados, ônibus nas garagens, serviços básicos precários... O País parou.
Mas será que a ação foi legítima? Há os que dizem que, no momento que foi organizada por sindicatos e sabendo que grande parte deles, principalmente os mais fortes, possuem ligações políticas, se perde o objetivo das manifestações populares, que sempre aconteceram sem o apoio ou o envolvimento dos partidos.
Há ainda os que acreditam que o “sucesso” se deve apenas ao fato de que, na maioria das cidades, não havia transporte público, o que obrigou os trabalhadores a ficarem em casa. Mas o que se viu foram ruas desertas, poucas pessoas nas ruas e algumas manifestações isoladas ao longo do dia.
Ao contrário do que se tem visto desde o início das manifestações, as ações dessa quinta-feira não foram intensas, e nem tinha a gana da mudança. Pelo contrário, as pessoas sentiam como se estivessem de folga e ainda na noite de quarta–feira era comum ver bares e restaurantes lotados de amigos fazendo seu happy hour.
A mudança é necessária, e uma nova ação deve ser tomada além do povo na rua, defendíamos há alguns editoriais. Mas, nos parece, que a greve geral não foi esse passo adiante.
Esperamos, então, que novas iniciativas realmente populares surjam com o objetivo de seguir mudando o Brasil.
Enquanto isso, prefeitos reunidos em Brasília e provavelmente incentivados pela população brasileira, vaiaram a presidente Dilma Rousseff após pronunciamento em que não ouviram o que queriam do Governo Federal. É a mudança...