Por Redação em 23 de Agosto de 2019
A crise econômica sem precedentes no país teima em não ser superada. Os índices de desemprego e serviços informais crescem cada vez mais. Isso em todo o país e, no Rio Grande do Sul e, consequentemente, Alvorada, não poderia ser diferente. Contudo, nessa semana, uma situação maior chegou ao conhecimento da redação do Jornal A Semana.
Como muitos sabem, o Governo do Estado sofre para pagar seus salários desde o início da gestão de José Ivo Sartori (MDB) e o atual governador pediu um ano para colocar suas contas em dia e acabar com o parcelamento. Ele ainda está no prazo, mas os parcelamentos não diminuíram ainda. Muito pelo contrário: o aumento é cada vez maior quando comparado ao início do ano.
Mas o que fazer quando o salário não vem? É preciso se reinventar, buscar alternativas ou apoio na renda de terceiros. Isso é o que está acontecendo com diversos professores contratados emergencialmente pelo Governo do Estado. Só que, ao invés dos outros profissionais, que recebem “regularmente”, o caso dos contratados para este ano está mais clamante.
Existem professores que estão lecionandos nas escolas estaduais desde abril/maio e, até agora, não receberam nada pelos serviços prestados. São quase cinco meses indo diariamente para as escolas sem receber por isso. São contas que chegam (sem falar de transporte e alimentação do dia-a-dia) e o salário para pagar nunca é depositado na conta, prejudicando os trabalhos.
As justificativas são inúmeras: problemas na matrícula e falta de documentação são os mais comuns. Porém não tem como não se questionar os motivos de porque, quase cinco meses após as contratações, isso não foi regularizado. Como ficam as contas em casa dos professores que já são mal remunerados e valorizados dentro de todo um sistema político-social.
O salário é um direito de quem trabalha e cumpre sua jornada de trabalho. Regularizar esses professores não deveria ser um favor, mas sim uma obrigação pontual. São os docentes que podem mudar o mundo através de suas aulas, do seu trabalho. E mesmo que não fossem professores, o salário é um direito de todos que trabalham para isso. Tem que ser regularizado para que esses profissionais não se penalizem.