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Editorial

O que nos é de direito

Por Redação em 14 de Novembro de 2014


Frente às novas do nosso dia-a-dia e no transitar pelos bairros da cidade, vê-se uma cidade pujante e trabalhadora desde os primeiros raios solares. E agora com o horário de verão, nota-se que o trabalho continua nas casas e empresas aproveitando este horário “extra” que vem de encontro para alcançar, ou talvez recuperar um pouco daquilo que no decorrer do ano não foi alcançado. A pintura renovada da casa, a poda de árvores, a visita aos amigos, o chimarrão mais ameno até que a penumbra da noite se aproxima.
Neste contexto do passar dos dias, notamos que muitas coisas que deveriam ter sido feitos em tempo normal, são desdobrados em mais horas para recuperar aquilo que foi deixado para trás ou não efetuado como deveria ter sido. Ou deixado para fazê-lo no momento mais oportuno.
Neste quadro, muitos esforços dos poderes constituídos foram deixados para serem feitos mais tarde. Lê-se das milhares de lâmpadas que estão sendo repostas em curto espaço e que por longos meses estavam lá deixando tudo as escuras. Ruas que estavam no abandono a meses, agora recebem os seus retoques. Na área da saúde, medicamentos e atendimentos agendados para longa data a frente, agora são atendidos mais rapidamente, porque certamente muitos abandonaram a fila de espera.
Na segurança, como num passe de mágica, surgem inúmeras viaturas, porém o efetivo pessoal não foi contemplado. E as estatísticas nos diversos segmentos ultrapassaram aquilo que achamos ainda de razoável.
E o que levou este abandono por meses destas atividades primeiras de que tanto o povo anseia? O que fizeram os que nós elegemos para bem nos representar? Faltou-lhes por acaso local para trabalho? Os seus salários (e excelentes salários) por acaso não estão em dia? O que os levou a inverter tão drasticamente os seus valores em detrimento do povo que lá os colocou?
A roda não está sendo redescoberta. O que se lê, se ouve, o que se escuta, os nossos antepassados já passaram. Porém não deixaram passar em vão. Por muito menos eles arregaçaram as mangas e foram buscar o que de direito. E a seu modo e a seu tempo conseguiram. As urnas eleitorais nem bem demonstraram os seus resultados e o povo já está inquieto novamente. E certamente, a seu modo e a seu tempo, este mesmo povo que não foi ouvido corretamente pelas vozes das urnas buscará o que lhe é de direito.

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