Por Redação em 30 de Abril de 2021
Essa é a grande pandemia do século e muitos não estavam preparados para administrar os governos – independentes das esferas políticas – em uma crise como essa. Isso fez com que muitos governantes tomassem as medidas que achavam certo e fossem aprendendo com os erros e acertos. Contudo, no meio de todas essas tomadas de decisões, estavam a população.
A grande massa não toma decisões, mas sim as obedece e elas não sabiam o que fazer. Em meio as eleições tudo foi “liberado” e depois veio o boom de casos. Depois disso se tentou um controle – sem sucesso, é verdade – nos feriadões de final de ano e carnaval. Já nas datas comemorativas houve novas flexibilizações para que os comerciantes pudessem ter um fôlego econômico.
Contudo, com isso, muitos políticos caíram em descrédito junto de suas medidas. Isso porque não se parece houver um caminho racional para que as decisões sejam tomadas. A mais recente mudança foi a redução para a bandeira vermelha no meio de uma semana – e não nos finais de semana, como sempre havia acontecido. Isso tudo para que as aulas presenciais pudessem ser retomadas.
A ideia aqui não é falar se a gente concorda ou discorda sobre as aulas presenciais e remotas, mas sim mostrar a desorganização e as possíveis consequências disso. Ao mudar a regra e trocar a bandeira em meio ao pico da pandemia no estado, passa-se a impressão de que estamos saindo do nosso momento ruim. Isso até é verdade, mas ainda não estamos no cenário tão bom quanto antes da bandeira preta.
Só que a falsa sensação que será passada pode ter consequências no futuro e no aspecto de “retorno a normalidade”. Isso sem falar que, com as mudanças incessantes e sem explicações, a população que já está cansada acaba por respeitar menos os decretos. Isso faz com que um projeto elogiado no passado tenha caído em descrédito – junto com os outros decretos estaduais.
No meio disso tudo estão as nossas crianças, que vão voltar a sala de aula ainda durante a pandemia e sem saber o que fazer. Nem os pais sabem direito como devem proceder e as informações estão chegando aos poucos. Tudo isso numa pressa incessante que parece ser desnecessária e pode fazer com que o impacto no futuro não seja tão positivo quanto os políticos e a população esperam.