Por Redação em 25 de Maio de 2018
Na segunda-feira teve início a greve dos caminhoneiros, que parou todo o Brasil pela luta de um preço mais justo e fixo dos combustíveis, que vem aumentando quase que semanalmente e prejudicando a população. Isso está acontecendo em todo o país e, em Alvorada, não foi diferente e as consequências já podem ser vistas.
São poucos carros nas ruas, devido a falta de combustível, afinal nenhum posto de gasolina da cidade está vendendo o material. As filas tomaram conta da cidade na noite de quarta e parte da quinta-feira, mas nem todos conseguiram garantir o produto. Alguns estabelecimentos até tentaram limitar a quantidade, para atender mais pessoas, porém não foi suficiente.
Segundo a METROPLAN, os ônibus da região metropolitana devem circular com tabelas de final de semana para que não fiquem sem combustível para trabalhar e atender a população. Não se sabe por quanto tempo as empresas que cuidam do transporte público terão material. Isso sem falar de serviços básicos do poder público.
Contudo, por mais que a cidade, assim como todo o país, esteja um caos devido a falta do produto e do receio que alimentos e outros materiais também faltem, a opinião pública ainda segue com os caminhoneiros. Segue porque a população compreende que os preços estão abusivos e que algo precisava ser feito para frear esses aumentos inconsequentes.
O povo está arriscando sim que faltem produtos em sua casa pelo bem maior de que os preços pagos por esses produtos sejam justos e não tão taxados de impostos como é hoje. Em 2013 houve as manifestações sobre os valores das passagens e, depois de um tempo, o resultado veio. Agora são os transportadores de cargas do Brasil que se uniram por algo digno.
E, com certeza, assim como não eram só os R$ 0,15 centavos, agora também não é só o preço do diesel que motiva todo esse movimento. A população está cansada de ter de pagar a conta no final por causa de propinas e corrupção, que tiram o dinheiro lá de cima e deixam que se “ferre” quem está embaixo de toda essa “cadeia” econômica do Brasil.
Ninguém levou a sério no início. Talvez nem a União. A dúvida que fica é se eles não acreditavam que a união e a comoção pública seria tanta ou não tinham o conhecimento necessário sobre a importância dos caminhoneiros para a economia do país. Quaisquer umas das opções mostra a realidade do Brasil e o cansaço do povo com a política.
Que esta semana não entre na história como tantas outras, mas que sirva de lição aos governos de todas as esferas. A população está cansada sim do descaso dos poderes constituídos, independente dos partidos ou governos que até aqui estiveram. Espera-se um retorno firme e imediato das necessidades tão aguardadas pelos brasileiros de todas as matizes.