Tera-Feira, 21 de Maro de 2023 |

Editorial

Pode-se comemorar, mas é bom ter presentes

Por Redação em 08 de Abril de 2022


A história do bairro 11 de Abril se confunde com a história de Alvorada. São 35 anos e a cada dia novas histórias vão fazendo parte da dimensão que é essa região. Enquanto que governos construíam e “abandonavam” as obras, a falta de moradia foi um estopim para que em curto espaço todos os prédios fossem tomados. Mesmo os apartamentos que faltavam itens mínimos eram tomados e aos longo dos anos se tornaram habitáveis.

A região dos Campos Verdes, Umbu, Maria Regina, Salomé, em sua grande parte teve a sua história contada com a grande massa de população sem casa, pois o êxodo rural era imenso naqueles anos. E a falta de moradia na região metropolitana veio a se somar com a implantação dos novos bairros. E ressalta-se, como nos dias atuais, os poderes constituídos ajudavam a alavancar a tomada de modo ordenado e inúmeras vezes totalmente desordenado.

35 anos se passaram desde aquela época. Muitas lideranças surgiram no bairro e outras tantas seguem trabalhando pelo bem da comunidade. Todos eles lutando por melhorias para que o bairro torne-se cada vez mais aconchegante e bem falado pelas pessoas do seu entorno. Tanto é que todos que ali residem aparentam ter orgulho de fazer parte da maior ocupação da América Latina.

Muita coisa funciona da maneira correta no bairro. O comércio da região é forte – muitos nem precisam vir até o centro do município –, as escolas e postos de saúde dão conta da demanda da região e todas as ruas são calçadas. Porém existem aspectos que precisam melhorar. Os imbróglios junto a CORSAN – relacionado a tarifa social – sempre que troca a gestão e os problemas na rede de esgoto são uma constante. De igual forma o transporte e a iluminação pública.

A falta de espaços de lazer e esporte também é visto pelos moradores como uma deficiência. O antigo campo do “Vasquinho” já não existe mais e hoje a comunidade tem somente a praça ao lado da Rua Vereda Tropical para praticar esporte ou tomar um chimarrão com os vizinhos. Com isso, quem sofre são os alvoradenses que ali residem e precisam ir atrás de outras opções de entretenimento.

O Bairro 11 de Abril, assim como toda a cidade, sofre com alguns estigmas: falta de segurança e a criminalidade são alguns deles. Contudo, assim como todo o município, o bairro é formado na sua grande maioria por moradores honrados, humildes e trabalhadores, que saem de suas casas todas as manhãs em busca de seu sustento. É por causa deles que devemos mudar a relação com o bairro. Vamos ver isso como um presente para esta comunidade em festa.

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