Por Redação em 22 de Novembro de 2019
A principal matéria desta semana é o investimento feito pela Prefeitura para colocar em funcionamento quase 400 câmeras de videomonitoramento dentro do municÃpio. Algo massivo e pesado em tecnologia e segurança pública numa cidade que sofre a cada ano com o descaso na área pelos poderes constituÃdos e com os números alarmantes de criminalidade.
O investimento é ótimo. Colocar recursos em tecnologia para conter os Ãndices de criminalidade, aperfeiçoar o serviço das forças de segurança e identificar crimes (podendo até evitá-los) é de suma importância para melhorar a qualidade de vida dos alvoradenses. O problema é que a população já se ilude com essa tecnologia há pelo menos dez anos – ou até mais.
Isso porque, lá na gestão de Carlos Brum (PTB) o programa de videomonitoramento foi apresentado pela primeira vez. Na época houve inauguração e todo o sistema foi colocado em funcionamento. Contudo, quando Sergio Bertoldi (PT) assume a Prefeitura, foi alegado que o projeto tinha problemas e não funcionava como havia sido divulgado na gestão anterior.
No apagar das luzes da gestão de Bertoldi, em dezembro de 2016, foi concluÃdo o processo de instalação de um novo sistema de videomonitoramento. Entretanto, quando José Arno Appolo do Amaral (MDB) assume o governo (2017), é alegada a mesma coisa: o projeto da gestão passada não instalou da maneira correta e um novo processo de compra, instalação e implantação de câmeras precisariam ser feito.
Agora existe um novo sistema. Até onde se tem conhecimento, é o mais ousado dos até já anunciados, afinal são quase 400 câmeras espalhadas pelo municÃpio – sendo mais de 50 externas. Tudo isso com um investimento de quase R$ 200 mil por mês (a Smart Tecnologia também é a responsável pela fibra ótica e telefonia da administração e assinou um contrato de cinco anos).
O contrato extenso foi assinado com a ideia de que o projeto tenha continuidade e não seja interrompido em caso de mudança de administração. Um dos secretários de governo afirmou que a ideia é que o projeto não seja novamente interrompido e que a população não perca em caso de derrota na eleição. A ideia é de que nenhum programa seja descontinuado.
Tomara que para o bem. Alvorada e seu povo não podem sofrer de novo com a descontinuidade de projetos em todas as eleições que passam. Que estes sejam bem desenvolvidos e a cidade não perca (por necessidade ou opção) investimentos e projetos que prometem melhorar a vida do povo. Não se pode mais politizar investimentos e prejudicar quem mais precisa.