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Editorial

Saúde à espera de atendimento

Por Redação em 02 de Junho de 2017


E os dias estão passando. A estação do verão passou e no seu tempo o outono chegou. No dia 21 de junho o rigor do inverno, conforme calendários, haverá de chegar, nos obrigando a mudar o nosso estilo de vida frente a estação mais fria do ano. E logo ali, no mês de setembro, o encanto das flores se fará novamente presente, como acontece em todos os anos. Com ele a beleza das flores, o verde dos gramados, florestas e a alegria do retorno, em breve, de mais um verão. E assim se foi um ciclo das estações do ano aqui no hemisfério sul.

O ser humano nasceu, tem a sua juventude, forma família, envelhece e tem um destino final de todo o ser humano: a morte. Mais cedo ou mais tarde ela vem e não tem dia e hora marcada. De igual forma a saúde não tem o dia e a hora marcada para chegar. Num simples socorro, e lá estamos nós num Posto de Saúde, numa clínica ou talvez hospitalizado. A saúde somente é mais valorizada quando da sua falta.

Uma simples reforma de alguns dias, semanas, alguns meses, para nós parece ser uma tragédia. Um dos setores que todo o ser humano necessita, é atendido a passos ermos, quase parando. Apesar de abnegados esforços dos dirigentes, funcionários, o máximo que se faz nesta área inúmeras vezes é o mínimo que chega para quem efetivamente a necessita. Avançamos alguns passos, mas quando vemos, demos vários para trás.

E relatos não nos faltam. Os agentes de saúde de nossa cidade que o digam. Após anos de trabalho, um cadastro infindável de atendimentos, a “tranquilidade” do conhecer de suas atividades, dos locais de moradias dos pacientes, as necessidades, tudo pode ir embora como num passe de mágica. A falta de cuidado do público, principalmente na saúde, causa angústia a toda a cidade e principalmente de quem mais precisa dela: os pobres. Aliás, a saúde não escolhe os pobres, ele alcança a todas as classes sociais.

Três Unidades Básicas de Saúde em distintos pontos da cidade continuam meses após meses no abandono. De igual forma a UPA – Unidade de Pronto Atendimento, e que já faz anos que deveria ter sido inaugurada e nada acontece. Somente a deteriorização do patrimônio.

As estações do ano tem o seu dia de vir e de ir embora. As obras humanas, principalmente na área da saúde teimam em não ficar prontas. E a população que tanto dela precisa, necessita seguir quilômetros para um simples atendimento. Vários meses se passaram e infelizmente não se vê, apesar dos esforços, a concretização final destas obras. O abandono e o descaso certamente se farão presentes ainda durante este rigoroso inverno, podendo, virar mais um ano ficando no discurso e o povo na continuidade da sua infinita espera.

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