Por Redação em 10 de Março de 2023
O que num passado era apenas uma estrada de chão batido, hoje está no centro de mais uma polêmica, de tantas que já se fizeram presentes ao longo de sua história: pedagiar ou não a ERS-118. Por longos anos, os governos municipais que margeavam esta via sempre custearam os investimentos realizados. Até que se transformou em um rodovia estadual, assumindo o Estado a sua manutenção, além é claro, da presença dos municípios também na sua manutenção.
O progresso veio e continua vindo e a ERS-118 se tornou ao longo dos anos uma das grandes vias de ligações entre municípios na região metropolitana. Nos anos de 1990, em época eleitoral, as barrancas ao lado da rodovia foram limpas, patroladas, sinalizadas de que a sua duplicação era iminente. Serviu somente de pano de fundo no ano eleitoral. E assim se seguiu por longos anos.
Nem totalmente pronta, faltando aproximadamente 16 km para finalizar a duplicação, eis que ressurge novamente, como num passe de mágica, a “teoria” de pedágio. E realmente somente poderia vir do Governo Estadual que não vê outra forma além de saquear o bolso do motorista/empresas para encher as suas alforras. Já não bastasse o grande investimento realizado ao longo dos anos e um pouco mais tudo está terminado.
Estamos na região metropolitana, e a ERS-118 está exatamente dentro do perímetro urbano desde a cidade de Sapucaia do Sul até Viamão. A legislação contempla claramente que não é permitido dentro do perímetro urbano, mas para os “momentâneos”, a legislação tem suas nuances. Virtudes são honrar a palavra dada. Virtudes são o olhar o povo trabalhador e ordeiro e dar-lhe como governo, o melhor retorno a seu povo, e não saqueá-lo cada vez mais.
Conforme breves levantamentos, mais de 4 bilhões de reais serão colhidos ao longo de aproximadamente 30 anos e o investimento para a sua finalização é da ordem aproximada de 100 milhões de reais. A quem efetivamente interessa a sua privatização. Todas as entidades representativas de todos os municípios vizinhos e adjacências já se manifestaram contra. O que resta para chegar aos ouvidos do Governo Estadual?
Um basta urge, para que se de paz, ordem e progresso a região que mais necessita de investimentos e não de mais saques. Basta.